Outubro foi um mês que realmente marcou uma nova era na tradição de Balões Sãojoaninos, Juninos, Ar quente ... ou seja lá, qualquer nome que se possa aplicar para valorizar a arte baloeira no Brasil.
Este primeiro Festival de Balões de Ar Quente realizado no Rio de Janeiro, prova o quanto tudo é possivel desde que seus praticantes o queiram. É claro que o problema não fica resolvido de todo, pois há que contar com os balões noturnos e estes ainda não foram sequer pensados em qual vai ser a solução para os mesmo serem lançados sem haver a repressão por parte das autoridades. A lei de proibição ainda está ativa, mas a primeira barreira foi quebrada e com sucesso. Foi muito bom para todos aqueles que estiveram presentes neste evento, como também para aqueles que mesmo ausentes puderam sentir diante das imagens obtidas pelos sites baloeiros, que tudo é possivel. Na verdade, o que é mesmo preciso é haver consciencia por parte de todos os que praticam esta nossa arte, pois os balões desde que inventados são e serão sempre imortais e nós baloeiros seremos apenas um ponto de passagem na história, do qual com o passar do tempo seremos substituidos por outros nossos descendentes.
Tenho pena que o Brasil seja o único País no mundo em que a arte tornou-se numa autentica obra de arte pela qualidade de seus balões, mas que ao mesmo tempo é proibido por lei e denegrido pelos seus governantes e orgãos de informação e pelo que sei em relação a outros países, isso seria impossivel de acontecer.
Até aqui em Portugal, apesar de os balões poderem ser lançados em época própria, quem me dera que houvesse uma pequena porcentagem de união por parte dos baloeiros para que a arte pudesse ser ainda mais valorizada. Aqui o forte é mesmo em época sãojoanina e em alguns lugares na época natalícia e pascal. A minha luta aqui tem sido até o presente momento em unir este pessoal e formar uma grande família, apesar de acreditar que um dia possa tornar-se realidade, não a curto, mas sim a médio ou longo prazo.
Mas voltando ao assunto sobre balões de ar quente, eis que também me chegaram umas fotos da Tailandia, país asiático, onde no passado dia 30 de Outubro/09, foi também realizado um festival de balões de ar quente (Loy Kratong Festival), que por coincidencia também foram lançados apenas com o calor proporcionado por tochas que os encheram, pois a técnica do maçarico parece ainda não ter chegado por lá.
Apesar de serem pessoas de raças diferentes, com culturas, religiões e políticas também diferentes, sente-se o especial sabor na igualdade de podermos observar o mesmo sentimento e alegria num lançamento de balões.
Chego ao ponto de até recitar uma frase que em Portugal se aplica muito no combate ao racismo que é: "Todos diferentes, todos iguais". Aqui também se aplica a mesma frase, pois apesar da tradição poder ser diferente em relação ao lançamento do balão, independente da qualidade, tamanho ou forma do mesmo em que cada país pratica a sua arte, o certo é que o balão com ou sem bucha, consegue fazer unir todas as pessoas tido como diferentes, mas que no fundo são todas iguais. O sentimento é verdadeiramente único e prova que tudo depende das próprias pessoas que praticam a arte, fazer com que a mesma seja valorizada e não proibida. Os sonhos realizam-se, mas é preciso conquistá-los.
Seguem fotos e o vídeo deste acontecimento na Tailandia para poderem apreciar.
Finalizo, não podendo deixar de felicitar todos os amigos da arte baloeira no Brasil que organizaram e contribuiram para mais uma conquista vitoriosa no 1º Festival de Balões de Ar Quente e que ficará para sempre gravada nas páginas da História dos Balões Juninos que fizeram parte do Dia da Liberdade Baloeira no Brasil.
"VIVA O BALÃO JUNINO"
Um abraço
Chico Carioca
TURMA LUSA DE LISBOA-PORTUGAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário