Hoje vou falar de um resgate alucinante do modelado de 36 mts Os Naypes feito mim logo após montar a turma da Cantareira.
Tudo começou na bela manhã do dia 10/11/1996, saí no resgate como de costume com a minha inseparável moto. Avistei um 9x9 da turma do Moinho e fui atrás, mas quando cheguei ao local da descida já havia aquele tumulto.
Sai fora sentido Marginal Pinheiros, perto da ponte dos Remédios avistei um balão sentido a Castelo Branco com uma tripa enorme embaixo. Foi quando peguei a via Anhanguera para ir atrás do danado, e chegando em Cajamar encontrei com o pessoal da Balão Mágico, pois já estavam atrás fazia algum tempo.
Perguntei ao Valmir que balão era aquele, ele me falou que se tratava do modelado 36mts da turma Os Naypes que havia subido em Itapevi.
Segui em frente e peguei a estrada que dava acesso a Jordanésia, andei por 40 km deixando o balão bem para esquerda já descendo, quando olhei para trás os carros que estavam me seguindo já haviam voltado achando que não era a estrada certa.
Para minha sorte a estrada começou jogar para a esquerda me deixando de frente para o bichão, então trombei com 2 caras de Jundiaí que se encontravam em um Kadet vinho, nisso o bichão crescendo cada vez mais!
Um dos ocupantes me perguntou que balão era, para despistar disse que era um modelado de 18mts que havia subido de São Paulo.
Nessa o danado passou por cima de nós e as esteiras começaram a bater no chão de um pasto enorme e no desespero o cara do Kadet começou a correr a pé, mas eu e meu garupa continuamos na moto, entramos pasto a dentro vendo o bichão devastar tudo pela frente, de repente cai com a moto, levantei rapidamente e continuei a correr atrás do danado que não parava de arrastar por causa da forte brisa.
Chegou uma hora que não dava mais para ir de moto, larguei a moto no chão e sai correndo, olhei para o lado avistei o cara de Jundiaí ele estava mais próximo das cordas do que eu, foi ai que gritei para que ele enrolasse as cordas no mourão da cerca, só que foi em vão pois o danado arrancou o mourão da cerca e quase o braço do cara.
Continuamos a correr, e o cara caiu em um buraco, com isso consegui me agarrar nas esteiras, no primeiro bloco de baixo para cima já que o balão possuía 3 blocos de 500 dúzias cada, e ele continuava a me arrastar no meio de galhos e arbustos e por ai foi!
Quando dei por mim o bichão me arrastou por alguns 50 metros de distância e o balão não parava de bater nas àrvores, foi quando ele enfiou o bojo em um coqueiro para meu alívio.
Como ventava muito forte devido ao horário e eu grudado nas esteiras com muito sacrifício e o bichão me levantava do chão uns 2 metros de altura.
Finalmente consegui alcançar a boca. E que boca do danado!!! O braseiro caia dentro e começava a queimar o papel e minha blusa, mas como o balão era muito bem feito, pois levava muita porrada do vento e quando começava a pegar fogo por causa dos braseiros, o vento entrava e o fogo apagava.
De repente surgiu um moleque do nada e grudou na boca, nessa hora bateu um vento mais forte e o levantou a 2 mts de altura do chão, nisso eu subi em um tronco e me pendurei nas pernas dele para abaixar, então o cara de Jundiaí apareceu e também colou na boca do danado, ficando sabendo que se tratava do modelado de 36mts Os Naypes.
Depois de tudo isso é que começaram a aparecer os baloeiros, mas por bom senso resolvi sortear o balão e como tinha que ser ganhei no sorteio.
Arranquei a boca e voltei para procurar minha moto, desmontamos a boca, chegou alguns caras querendo ajudar a tirar o papel das árvores, mas já era tarde os caras que se dizem baloeiros já tinham arrancado o bico do balão outro o naype que tinha no bojo do mesmo foi quando perdi o gosto, larguei o papel e levei só a boca, com o apoio dos amigos das turmas sem Saída do Astron e do Luciano turma Sonho de Voar
o qual aproveito para pedir desculpas por ter amassado o teto de seu Chevette com a boca no transporte, depois fiquei sabendo que havia um lindo troféu de resgate, que este me foi entregue pelo Bortoloto dos Naypes.
Resgate Alê Loco turma da Cantareira.. Abraços a todos e viva os resgates.
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