A partir do advento do Art.42 da Lei 9605 de 12 de fevereiro de 1998, nós, os baloeiros, estamos sofrendo uma perseguição, sem precedentes, na história da nossa República.
Alguns “inimigos” do balão, originários do Rio de Janeiro, aproveitando um momento obscuro do Congresso brasileiro, onde parlamentares vendiam seus votos em troca de ganhos escusos, por um deputado do Paraná, conseguiram introduzir na Lei do Meio Ambiente, o artigo acima citado, “legalizando” o combate sistemático a todos os brasileiros que, até então, mantinham o hábito secular e saudável da prática de soltar balões, nas Festas Juninas e outras datas festivas.
Imediatamente à vigência dessa norma proibitiva absurda fundamos, no Rio de Janeiro, em maio de 1998, a Sociedade Amigos do Balão que passou, de maneira legítima, a defender o “balão junino” e seus aficionados.
Passados oito anos submetidos às mais infames acusações, partidas de uma mídia orientada por gente sem escrúpulos e bancada por dinheiro público e particular e, em decorrência, constrangidos por uma forma arbitrária de repressão policial, os baloeiros conseguiram manter praticamente incólume a arte do “balão junino”, no folclore e na cultura dos brasileiros.
Isso é prova incontestável da grandeza desse comportamento diante do preconceito e da intolerância de alguns que se proclamam donos da verdade, e desdenham das coisas do povo.
Ainda, nesses últimos oito anos de balões, passeando nos céus, não vem à lembrança nenhuma tragédia provada na terra. Isso cala os berros dos detratores do “balão junino” que vivem apregoando: balão pode derrubar avião; balão pode explodir refinarias; balão pode incendiar florestas; balão pode matar, balão pode...
Em breve estaremos diante das urnas, no dia das eleições, na “festa da democracia”, no dia em que todos os seres humanos são iguais e soberanos: o voto do doutor é igual ao voto do analfabeto; e esse instrumento “o voto” é a arma do baloeiro para dizer NÃO à campanha sórdida contra o “balão junino”, igual ao NÃO do desarmamento e assim recuperar a dignidade e o orgulho de ser baloeiro.
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