terça-feira, 18 de junho de 2013

Estiagem de Março e os Balões

Nós, seres humanos, somos o componente essencial do ambiente. Sem nossa presença, na Terra, não haveria vida. Na arte da sobrevivência temos a primazia da segurança, isto é, somos senhores da defesa do viver e da liberdade, dádivas de DEUS, concedidas, postulados que nem o ente coletivo pode postergar.

Assim, os legados jurídicos referem sobre essas prerrogativas, no tempo e no espaço. O maior exemplo está na Declaração Universal dos Direitos do Homem: Artigo I. z“Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade". Desse consciente emergem os Direitos e Garantias Fundamentais proclamados nas mais diversas cartas políticas das Nações do mundo civilizado, particularmente na Constituição da República Federativa do Brasil.

No caso presente a natureza desvenda a farsa. O fogo, iniciado por condições de ignição favoráveis, se espalha pelas matas e num curto espaço de tempo atinge centenas de focos, a chamada combustão espontânea.

E aí, o que dizer à população?

Diante do acontecimento consumado, certas pessoas descuidadas, algumas investidas de autoridade pública, pressionadas pela mídia presunçosa, para escamotear suas responsabilidades e atingir seus objetivos escusos, tentam “tapar o sol com a peneira” e anunciam ao público o velho “bode expiatório”, os balões, como potenciais causadores da tragédia e logo reiniciam a perseguição aos baloeiros, com a afirmação: “Soltar balão é crime ambiental”.

Mas, como convencer o público se os fatos desmentem as versões?

Parem com essa ofensa! A Natureza é perfeita, capaz de regenerar suas carências. O balão é arte, técnica e ciência, seu aprimoramento garante sua segurança e o seu conteúdo quimérico.

Nós somos imperfeitos, possuímos o livre-arbítrio e dependemos da convivência harmoniosa.

Por essas premissas, não respeitadas, nossa gente está exaurida na tolerância, farta de ser enganada, está refém no dia a dia, das “balas perdidas”, expressão hábil encontrada pela mídia para alimentar o belicismo, que ceifam vidas de crianças, adultos e anciãos, enlutando famílias, tudo produzido por um conflito fratricida tolerado, que denota a falência das nossas Instituições e o despreparo dos nossos governantes. Este sim, o maior crime ambiental cometido contra o povo brasileiro.

Finalmente, os algozes do balão perdem o discurso, desse surto de incêndios o balão passou distante, não foi citado como causa dos sinistros, o que deixa o rei nu e demonstra que a criminalização do balão foi um erro legislativo.

Um lembrete para os levianos que condenam os balões: “Os cães ladram e a caravana passa”.

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